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FERTILIDADE DO SOLO

FERTILIDADE DO SOLO

O Agrônomo Tiago Alexandre Mikrut apresenta um resumo do texto intitulado Fertilidade do Solo e Produtividade Agrícola, de autoria de Alfredo Scheid Lopes e Roberto Guimarães Guilherme, presente no livro Fertilidade do Solo, cujo autor é Roberto Ferreira Novais, et al.

“Entendendo o solo e a fertilidade”

‘’O solo, o meio principal para o crescimento das plantas, resultante de transformações complexas que envolvem o intemperismo (processo de transformação de rochas em solo) de rochas e minerais, ciclagem de nutrientes e a produção e decomposição de biomassa. Uma boa condição de funcionamento do solo é fundamental para garantir a capacidade produtiva. Uma boa qualidade do solo é importante também para a preservação de outros serviços ambientais essenciais, incluindo a qualidade da água, a biodiversidade e o equilíbrio de gases atmosféricos.

 A presença de nutrientes é um dos aspectos fundamentais que garantem a boa fertilidade dos solos e o seu bom uso e manejo. Em ecossistemas nativos, a ciclagem natural de nutrientes é a grande responsável pela manutenção do bom funcionamento do solo e do ecossistema como um todo. Essa ciclagem é fundamental para manter o estoque de nutrientes nos ecossistemas naturais, evitando a perda de fertilidade natural do solo.

Mas, o que vem a ser um solo fértil? Todo solo fértil é necessariamente produtivo? Quais são as causas da baixa fertilidade?

Solo produtivo é um solo fértil, ou seja, que contém os nutrientes essenciais em quantidades adequadas e balanceadas para o crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas e que apresenta ainda boas características físicas e biológicas, está livre de elementos tóxicos e encontra-se em local com fatores climáticos favoráveis.

Um solo pode ser fértil sem necessariamente ser produtivo. Nota-se ainda que a fertilidade do solo pode advir de causas naturais ou ser criada pela adição de nutrientes aos solos durante o cultivo.

Um ponto importante a ser considerado com relação à fertilidade do solo e que tenta a responder a ultima das três perguntas anteriores é que muitos solos não são naturalmente férteis e que mesmo aqueles férteis podem, sob manejo inadequado, transformar-se em solos de baixa fertilidade.

A baixa fertilidade dos solos pode ter tanto causas naturais quanto antrópicas. Como causas naturais, destacam-se que a gênese (formação) do solo e o intemperismo como principais fatores de baixa fertilidade, particularmente em grande parte das regiões tropicais e subtropicais, onde a remoção de nutrientes do solo é mais acelerada, em razão das condições de altas temperaturas e precipitações. O Brasil possui grandes extensões de terra com problemas de fertilidade relacionados com alta acidez, toxidez por Al além de alta capacidade de fixação de fósforo.

Além das causas naturais, também aquelas antrópicas – provocadas pelo manejo inadequado do solo – podem ser causadoras da baixa fertilidade dos solos. Uma dessas causas antrópicas é a exaustão de nutrientes do solo provocada pelas retiradas pelas culturas, maiores que pelas adições via adubação.

            Um ponto importante a se considerar quando se trata de baixa fertilidade provocada por causas naturais ou até mesmo por exaustão do solo é que estas duas primeiras causas podem ser corrigidas facilmente, mediante reposição de nutrientes via adubação mineral e orgânica, bastando, para isso, que o produtor faça uso da análise de solo e de planta (foliar), para diagnosticar possíveis problemas ligados a fertilidade do seu solo.

            Outro problema relacionado à queda da fertilidade do solo é a erosão. A erosão é maior causa de degradação de solos no mundo, e que às vezes tem conseqüências permanentes sobre a fertilidade. A exaustão de nutrientes dos solos também é causa de erosão, visto que reduz a cobertura vegetal. O pior aspecto da queda da fertilidade do solo causada pela erosão é que, ao contrario da exaustão causada por extração de nutrientes em taxa maior que a reposição ou de baixa fertilidade por causas naturais, as quais podem ser recuperadas de maneira simples, a erosão resulta, algumas vezes, em degradação de difícil recuperação ou até mesmo em dano irreparável à capacidade produtiva do solo. ’’

LOPES, A. S.; GUILHERME, L. R. G. Fertilidade do Solo e Produtividade Agrícola. In: NOVAIS, R. F. et al. Fertilidade do Solo. 1 a Ed. Viçosa, SBCS, 2007. 1016p.

Fonte da Imagem: Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais.